Bebê nasce sem rosto e especialista explica que má-formação é raríssima

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Serão necessárias várias cirurgias corretivas; médico que não identificou problema na gestação é processado por negligência

Imagem ilustrativa.

Em Portugal, um caso raro chamou atenção dos especialistas. Um bebê, que completa um mês de vida nesta quarta-feira (06), nasceu com uma má-formação grave no rosto: sem céu da boca, nariz, olhos e parte do crânio. Além disso, o bebê é surdo, segundo o relato de uma fonte próxima à família a um site português.

O professor doutor Aristides Augusto Palhares Neto, do Departamento de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Botucatu, diz que malformações desse tipo além de “extremamente raras”, requerem acompanhamento por uma equipe de diversas especialidades e uma série de cirurgias ao longo da vida.

Segundo os especialistas, em casos assim, a expectativa de vida do recém nascido é de poucas horas de vida, contudo, o bebê, se alimenta pela mamadeira e respira sozinho atualmente.

Sobre as cirurgias, Palhares conta que é preciso pensar, primeiramente, no que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida da criança. A primeira preocupação é entender o quanto essa malformação põe em risco a vida do bebê, se afeta a capacidade de mamar, respirar e manter quantidades basais mínimas de vida, como temperatura, frequência cardíaca, e ritmo respiratório.

“A gente inicia o tratamento avaliando a situação da criança, dando suporte e acompanhando ao longo do processo evolutivo o que ela precisa e o que ela pode se livrar ao longo do tempo”, ressalta o cirurgião.

Foto: Reprodução/Correio da Manhã
Exame de imagem feito pela mãe durante a gestação.

De acordo com o especialista, apenas uma tomografia e um exame clínico são capazes de identificar a real condição da criança, mas afirma que alimentação e respiração são fundamentais para decidir os próximos passos do tratamento.

Médico não percebeu malformação

A gestação da mãe de Rodrigo ter chegado ao fim sem que se tivesse identificado a má-formação chocou a população de Portugal. O obstetra que acompanhou a mulher teve a licença suspensa e é alvo de processo por negligência.

Contudo, Palhares comenta que o caso é tão raro que pode passar por um exame de imagem sem ser identificado.

Fonte: Portal R7