O tratamento para os infectados é disponibilizado pela rede pública de saúde. No entanto, alguns ainda desistem: cerca de 1,5 mil convivem com a doença sem tratamento.
Cerca de 16 mil pessoas convivem com o vírus HIV no Espírito Santo. Os novos tratamentos permitem que os infectados tenham um vida normal e consigam manter uma boa saúde, sendo disponibilizados também pela rede pública. No entanto, alguns ainda desistem: cerca de 1,5 mil vivem com a doença sem tratamento.
No último domingo (1), comemorou-se o Dia Mundial de Combate à Aids. De acordo com a assistente social e referência em infecções sexualmente transmissíveis, Rozangela Lotacatelli, os números da doença nunca pararam de crescer. Portanto, ela ainda é considerada uma epidemia.
“O HIV não parou de crescer. Existe um crescimento anual constante, embora haja tendência maior em algumas faixas etárias e em alguns tipos de exposição”, diz ela.
De acordo com a assistente social, somente no Centro de Referencia em Infecções Sexualmente Transmissíveis, no Centro de Vitória, são atendidas 1.500 pessoas infectadas pelo HIV.
Rozangela lembra também que as formas de prevenção são inúmeras e que cada um pode escolher qual é a melhor para si, desde o uso da camisinha até os tratamentos pré-exposição e pós-exposição às situações de risco.
“O tratamento para as pessoas que já foram infectadas também é considerado uma forma de prevenção, pois a pessoa reduz a carga viral em seu organismo e não transmite o vírus para outras pessoas”, lembra Rozangela.
Devido à redução da toxidade dos medicamentos, o tratamento contra o HIV é capaz de garantir qualidade de vida a todos. No entanto, segundo Rozangela, o preconceito permanece sendo o grande vilão na luta contra a redução dos casos de Aids.
“A questão maior para a pessoa vivendo com HIV não é mais o HIV, é o preconceito da sociedade, que expõe essa pessoa à situações constrangedoras e muitas vezes a priva de uma vida normal desnecessariamente”, pontua a assistente social.
Os testes para identificação de doenças sexualmente transmissíveis podem ser feitos em qualquer unidade de saúde. Caso a pessoa seja identificada com o HIV, e recomendado buscar o Centro de Referência em DSTs para iniciar o tratamento.
(*G1)