Espírito Santo dobra área de desmatamento de florestas

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Governador Lindemberg, Jaguaré e Sooretama foram os municípios que mais devastaram a Mata Atlântica no Espírito Santo entre 2015 e 2016. No ranking nacional, o Estado ficou em sétimo lugar tanto em área desmatada (330 hectares) quanto em percentual de aumento no período (116%).

fonte: rede-diario

Os dados são do mais recente Atlas da Mata Atlântica, atualizado anualmente pela ONG SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgado na segunda-feira (29).

Em relação à área total desmatada, em hectares, o Espírito Santo ficou atrás apenas da Bahia (12.228 ha), Minas Gerais (7.410 ha), Paraná (3.453 ha), Piauí (3.125 ha), Santa Catarina (846 ha) e São Paulo (698 ha). Linhares foi o município que mais desmatou a Mata Atlântica no Espírito Santo entre 2014 e 2015, com a eliminação de 60 hectares de florestas (o equivalente a 60 campos de futebol). No ano passado houve uma queda mas não significativa no setor de preservação.

As florestas nativas capixabas estão hoje reduzidas a 10,5% do território, segundo também os dados do Atlas da Mata Atlântica, o que configura uma situação alarmante, que explica a crise hídrica que provocou cerca de 70% de perdas na safra passada e tem deixado milhões de pessoas sem água, seja na cidade ou no campo.

Segundo o Atlas, foram destruídos 29.075 hectares de florestas entre 2015-2016 no País, sendo que há 10 anos não era registrado no bioma um desmatamento nessas proporções. Os municípios do sul da Bahia concentram cerca de 30% do total desmatado, região que faz limite com o norte do Espírito Santo. Na paisagem dessa região, nos dois estados, predominam as monoculturas de pastos para pecuária, de eucaliptos (deserto verde) e de cana-de-açúcar.