Francisquense faz sucesso com descoberta que interessa a indústria petrolífera

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Pó magnético para separação de água e óleo com aplicação na indústria petrolífera

Filho de Barra de São Francisco Aluir é filho do casal Marjori e Aluir, oriundos das famílias Dias e Pulceno, que são muito conhecidas na região. Em busca de conhecimento e de propiciar condições para os estudos, o jovem Aluir mudou-se para a capital mas sempre está em visita ao município onde nasceu sempre para rever parentes e amigos.

O doutorando em Química Aluir Dias, trabalha atualmente no Instituto de Ciências Exatas com os seguintes temas: fotocatálise, nanotecnologia, tratamento de efluentes (POA’s, Adsorção e outros). O ‘Pó magnético para separação de água e óleo com aplicação na indústria petrolífera’ é um dos projetos desenvolvidos pelo pesquisador.

Saiba mais:

É comum pensarmos que água e óleo não se misturam. Na verdade, aplicando-se uma força, como por exemplo a agitação e dependendo do tipo de óleo, a água e o óleo podem formar uma mistura chamada de emulsão. Uma emulsão pode ser formada por bolhas de óleo dispersas na água (emulsão óleo/água) ou bolhas de água dispersas no óleo (emulsão água/óleo). A presença destas misturas em efluentes e em processos industrias, como a extração do petróleo ou na produção de biodiesel, tem sido um grande problema e requer o uso de substancias químicas capazes de promover esta separação. Estas substancias são chamadas desemulsificantes.

Os desemulsificantes são, em sua maioria, produzidos a partir de petróleo e apresentam alguns problemas. Após o uso, os desemulsificantes seguem como um contaminante na ágau ou no óleo, gerando gastos maiores para sua remoção.

doutorando do Departamento de Química da UFMG em colaboração com outra doutoranda no mesmo departamento, Ana Paula Teixeira (ambos orientados pelo professor Rochel Montero Lago), estudam métodos alternativos para separar petróleo e água, entre eles, a separação magnética. Sua pesquisa desenvolveu um pó magnético composto por nanopartículas anfifílicas (que possuem afinidade por óleo e água simultaneamente), isto é, nanotubos de carbono (10-6 milímetros)  ligados a um mineral, a vermiculita. Quando esse material é adicionado a uma mistura de água com óleo (emulsão), ele se posiciona entre as bordas das bolhas de óleo que fazem contato com a água, tornando essas bolhas magnéticas. Ao se posicionar um ímã próximo à mistura, é possível guiar e reunir essas bolhas separando assim o óleo da água. Esse é um processo 80% mais econômico que o usual, que se utiliza dos desmulsificantes feitos a partir de petróleo, pois a vermiculita é um mineral abundante no Brasil e o pó magnético pode ser reutilizado até cinco vezes, não apresentando riscos para o meio ambiente. Esta pesquisa conquistou o 1º lugar na competição mundial Idea to Product Global2010, nos EUA.

Links com assuntos correlatos:

Site da Petrobrás – O que é o petróleo?

http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/fontes-de-energia/petroleo/

Notícia – Separação óleo-água por meio de nanopartículas anfifílicas é proposta escolhida em programa de inovação:

www.ufmg.br/online/arquivos/015846.shtml