Leonardo revela a última conversa com Leandro

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09_14_26_686_fileNa biografia “Leonardo – Não Aprendi Dizer Adeus”, cantor detalha os momentos ao lado do irmão

Para comemorar os 50 anos de idade, Leonardo preparou uma biografia sobre os momentos mais marcantes de sua vida. Leonardo – Não Aprendi Dizer Adeus (Casa da Palavra, 240 págs., R$ 29,90) conta sobre o surgimento da dupla com o irmão Leandro, o sucesso na música sertaneja, os medos, as alegrias e os sofrimentos com a morte do parceiro e o acidente do filho, Pedro Leonardo

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Leonardo revela vários momentos impressionantes de sua vida. Fala da importância de Leandro na existência da dupla.
— O Leandro era o eterno sonhador. Ele era o cabeça, eu era o braçal. Eu podia até ser a primeira voz da dupla, mas ele era o regente. Era ele quem dava os tempos, sem ele eu não era nada

O auge do livro é quando Leonardo conta sobre o sofrimento que ele, a família e o irmão e parceiro passaram a partir da descoberta da doença de Leandro. O cantor morreu em 1998, meses após descobrir um raro câncer no pulmão. Conta como foi a decisão de manter os shows sozinho (a pedido de Leandro) e a fé do irmão

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Leonardo revela a última conversa com o irmão, no Dia das Mães daquele ano. Ele descreve o momento em que estavam os dois deitados juntos e que ele retomou a conversa que eles tiveram em que Leandro disse que Leonardo ainda confessaria que tinha sido burro por não acreditar no futuro da dupla

 

Leonardo diz que, naquele momento, o irmão pegou sua mão e disse que na verdade aquilo era a coisa mais inteligente que ele tinha ouvido, e relembrou o primeiro show no Canecão – que tem um trecho especial na biografia. Na ocasião, Leonardo disse após o show que não adiantava de nada trabalhar se não podia curtir a vida. E Leandro continuou dizendo que o irmão mais novo tinha razão

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Dá pra sentir a emoção de Leonardo ao relatar a última conversa, em que o irmão ainda disse que quando se recuperasse iria viajar pelo mundo, ficar mais com os filhos.
— Eu tentava segurar as lágrimas, e ele me perguntava: “Será que eu vou conseguir?” Dei um grande abraço no meu irmão, daqueles que a gente há muito tempo não se dava. E disse: “Logo, logo, é você quem vai estar dizendo para mim: ‘Eu era mesmo burro, meu irmão’” Rimos, choramos, aquele foi um momento só nosso. O último

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O livro, escrito por Silvio Essinger, aproxima o fã do artista. Isso porque o autor preferiu manter as falas e sentimentos do sertanejo, o que faz com que o leitor tenha a impressão de estar ouvindo a história da boca do próprio Leonardo. Daí a decisão de manter erros de conjugação, palavrões e vícios de linguagem do cantor

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