Mais de 900 pessoas que compraram diplomas falsos são identificadas e podem perder o emprego no Espírito Santo

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Lista obtida pelo Ministério Público foi enviada à Prefeitura de Rio Bananal, município onde o esquema começou a ser investigado. Outras prefeituras e Sedu também vão receber.

Uma primeira lista contendo 915 nomes de pessoas que receberam diploma de graduação de forma irregular, obtida pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), foi encaminhada à Prefeitura de Rio Bananal, município onde o esquema começou a ser investigado. A lista foi obtida pelo MPES após colaboração premiada envolvendo investigados nas duas fases da Operação Mestre Oculto. Os nomes não serão divulgados pelo órgão.
Outras prefeituras capixabas e a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) também vão receber a lista com nomes de pessoas que usaram desse esquema fraudulento para conseguir diplomas de graduação, pós-graduação e cursos livres a professores, sem a necessidade de comparecimento às aulas presencias.
Investigação de professores
O MPES informou que está levantando os dados para saber quantos professores estão ou estiveram em sala de aula de forma indevida, usando documentos obtidos de forma fraudulenta.
Em relação ao município de Rio Bananal, o MPES quer saber quais professores apresentaram documentos falsos para dar aulas. Caso os nomes sejam confirmados pela administração municipal, as pessoas envolvidas responderão na Justiça por uso de documentos falsos e estarão sujeitas a punições administrativas.
Operações
As investigações envolvendo as duas fases da Operação Mestre Oculto avançaram e se desdobraram nas operações Estória e a Viúva Negra, também deflagradas pelo MPES. Donos de instituições de ensino localizadas no Norte do Estado foram presos, além de pessoas ligadas ao esquema criminoso de venda e compra de diplomas e certificados. O Ministério já denunciou à Justiça 11 pessoas investigadas nas duas fases da Operação Mestre Oculto.
Até agora, as diferentes fases das investigações em andamento apontam que mais de 1.100 diplomas, só de graduação na área do Magistério, foram obtidos de forma fraudulenta na região Norte do Estado, com simulação de aulas e atividades aos alunos. As fraudes em relação a cursos de pós-graduação são ainda maiores, mas os dados ainda estão em análise pelo Ministério Público.