Matou a amante e escondeu corpo atrás de parede por 10 anos

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O assassino confessou que colocou o corpo em um pequeno porão da residência e construiu uma parede para fechar o local

ossada_min_deb-3758151O fato aconteceu em Vila Velha e a Polícia Civil capixaba conseguiu colocar na cadeia um vigia que matou a amante e escondeu o corpo por 10 anos atrás da parede da casa onde morava, no bairro Zumbi dos Palmares.  Depois de matar a mulher a marretadas, o assassino confesso colocou o corpo em um pequeno porão da residência e construiu uma parede para fechar o local.
 
Foi nesse cenário que ele ainda conviveu na casa, com a esposa, por 10 anos. A ossada só foi descoberta depois que o vigia vendeu a residência e o novo proprietário, ao quebrar uma parede para fazer uma reforma, descobriu os restos mortais da vítima.A polícia chegou até o vigia Eguimar Ferreira de Souza, 48 anos, após investigações que começaram a partir da localização do esqueleto da vítima. Os ossos foram encontrados por um auxiliar de serviços gerais, 38 anos, que comprou a casa do vigia, em junho de 2014.

“Ao quebrar uma das paredes do pequeno porão, o novo dono descobriu os ossos humanos e chamou a polícia. Os peritos descobriram que os ossos eram de uma mulher e apuramos quem era essa pessoa”, detalhou o delegado Adroaldo Lopes, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM).

Junto com o corpo, havia uma camisa com logomarca do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), um rádio portátil, caixas de remédios, um cartão bancário e uma identidade no nome de Adriana.

Após levantamentos minuciosos, a equipe da DHPM conseguiu identificar a vítima e também descobriu que o vigia, o antigo dono da casa, era o principal suspeito do crime. Ele havia mudado há oito meses do Espírito Santo para a cidade de Porto Seguro, na Bahia, juntamente com a esposa. Eguimar foi preso pela equipe de policiais capixabas.

O crime

O crime aconteceu no dia 11 de março de 2005. Adriana Silva Breda, 32, exercia a função de faxineira no Detran, era casada e mãe de um menino, 6. Ela saiu do trabalho em uma sexta-feira, no dia 11 de março de 2005, e seguiu para a casa do amante mais uma vez.

Desde então, a família nunca mais havia tido notícias de Adriana. No mesmo dia, uma irmã da faxineira chegou a registrar um boletim de ocorrência, relatando o desaparecimento dela.

Com os documentos encontrados junto à ossada, a polícia passou a procurar no registro de pessoas desaparecidas por Adriana e encontrou dados e contatos dos familiares.

“Olhei as páginas do livro de registro de pessoas desaparecidas do ano de 2005, pois a caixa de remédios encontrada junto ao corpo estava com data de vencimento para aquele ano. Porém, como haviam passados 10 anos, todos os contatos ali estavam desatualizados. Procuramos pelo Detran e localizamos uma irmã da vítima e confirmarmos o desaparecimento”, detalhou o delegado Adroaldo Lopes.

Nessa conversa com os parentes, a polícia descobriu que as características do amante, Eguimar, eram as mesmas do ex-dono da casa onde foi encontrada a ossada humana.