Petrocity: IEMA tramita processo de licença ambiental

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SÃO MATEUS (ES) – O processo de licenciamento ambiental, último passo para a Petrocity Portos S.A. iniciar as obras do maior complexo logístico brasileiro, em São Mateus, já está em andamento no Instituto Estadual de Meio-Ambiente (IEMA), o que levou o presidente da companhia, José Roberto Barbosa da Silva, a prever que até o final do ano deverá dar a largada para a construção do Porto de Urussuquara.

fonte:fanoticias.com.br

Com isso, as perspectivas para o município e para as regiões Norte e Noroeste do Estado são de alavancagem da economia no próximo ano, com a geração de 3 mil novos empregos na fase de construção do porto, que será feita pela Odebrechet Engenharia ao custo final de R$ 2,1 bilhões, dinheiro que, em sua maior parte, virá de financiamento do Fundo Soberano de Dubai.

A geração imediata de emprego, com o início das obras, será de 3.000 vagas diretas com repercussão em mais 6 mil empregos indiretos, gerando forte e positivo impacto econômico e social não apenas em São Mateus, mas em toda a região. De acordo com a Petrocity, a prioridade das contratações será de mão-de-obra local, por isso a empresa já iniciou a capacitação das pessoas da região.

O primeiro curso de capacitação, segundo José Roberto Barbosa, está em andamento em Conceição da Barra e os próximos municípios serão São Mateus e Barra de São Francisco, devido à previsão de uma Unidade de Transbordo e Armazenamento de Cargas (UTAC) na cidade quando da construção da Estrada de Ferro Minas-Espírito Santo, que é outro projeto paralelo ao do porto.

“Já entramos com o pedido de licença na Prefeitura para o início das obras, pois, quando sair a licença ambiental, que é o último estágio, queremos lançar a pedra fundamental e iniciar as obras imediatamente, pois o contrato com a Odebrecht Engenharia está assinado desde janeiro, quando fizemos a solenidade no Palácio Anchieta. Iniciada a construção, nossa previsão é de que em menos de dois anos comecemos a operar, gerando 2.500 empregos na plena capacidade de funcionamento”, disse José Roberto (foto).

Na esfera federal, nas próximas semanas haverá a assinatura de contrato da Petrocity com a Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquático), que encerrou a chamada pública sobre a construção do porto e aprovou a manifestação de interesse da Petrocity. A área destinada ao porto, em Urussuquara, também já está aprovada na esfera federal como área portuária.

FERROVIA

O processo para a construção da Estrada de Ferrovia também está em curso. Como o Governo Federal tem a expectativa de aprovação, até o final do ano, do PLS 261/2018, de autoria do senador José Serra (SP), que flexibiliza o setor ferroviário nacional, o presidente da Petrocity, José Roberto Barbosa, que está capitaneando também esse projeto, está se dedicando a fazer audiências públicas sobre os impactos da obra.

Essas audiências estão acontecendo, principalmente, em Minas Gerais, onde a bancada federal se mobilizou para apoiar o projeto, considerando a redenção da economia do Leste e Nordeste do Estado, com forte impacto no Vale do Aço e também Vale do Jequitinhonha.

“O regime ferroviário hoje é de concessões, o que leva no mínimo cinco anos para acontecer e segue uma burocracia danada. Com a aprovação do PLS 261, haverá flexibilização e empreendedores privados poderão pedir apenas autorização do Governo Federal, o que vai demorar no máximo seis meses, conforme me garantiram técnicos do Ministério da Infra-Estrutura”, disse Barbosa.


(*Série de reportagens produzidas pelo jornalista José Caldas da Costa sobre os impactos dos projetos da Petrocity na economia do Norte e Noroeste do Espírito Santo)