Prefeita de Kennedy é presa com R$ 30 mil em mala durante operação do MP no ES

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Segundo o Ministério Público Estadual, Amanda Quinta foi presa no momento em que participava de uma reunião com empresários e agentes públicos, onde receberia propina.

A prefeita de Presidente Kennedy, Amanda Quinta (PSDB), é uma das cinco pessoas que foram presas na Operação Rubi do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), deflagrada nesta quarta-feira (8) em cidades do Sul do Estado. A prefeitura ainda não se manifestou sobre a situação.

Segundo o MPES, Amanda foi presa em flagrante no momento em que participava de uma reunião com empresários e agentes públicos na casa dela, onde receberia propina.

A Operação Rubi teve o objetivo de desarticular e colher provas referentes a uma organização criminosa que deu prejuízos aos cofres públicos em várias cidades da região Sul do Estado.

Os mandados são de prisão temporária. Também foram cumpridos cinco mandados de afastamento funcional de agentes públicos, 11 de proibição de acesso às dependências de órgãos públicos e 25 mandados de busca e apreensão pelos agentes do Gaeco, sendo:

  • nove em Presidente Kennedy;
  • cinco em Marataízes;
  • dois em Jaguaré;
  • um em Piúma;
  • um em Cachoeiro de Itapemirim;
  • um em Linhares; um em Jerônimo Monteiro;
  • dois na Grande Vitória;
  • dois no Estado do Rio de Janeiro.

Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na casa de Amanda Quinta, além de residências de investigados e dependências de órgãos públicos e de empresas suspeitas de integrar o esquema.

Todos os mandados foram emitidos pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo.

O que apontam as investigações

Segundo o Ministério Público, as investigações colheram fortes indícios do envolvimento de agentes políticos e servidores municipais no recebimento de propina de empresários dos ramos de limpeza pública e transporte coletivo como contraprestação a benefícios financeiros em licitações e contratos e possível enriquecimento indevido dos envolvidos.

A partir de agora, a equipe responsável vai analisar documentos, computadores, dados colhidos durante a operação. Vai também ouvir, nas próximas semanas, depoimentos de investigados e testemunhas.

Ao todo, cinco membros do Ministério Público (um procurador de Justiça e quatro promotores de Justiça) coordenam os trabalhos, auxiliados por 22 agentes do Gaeco e por policiais militares.

Crimes

Os crimes investigados estão previstos no Dec-Lei nº 201/67, na lei nº 12.850/13 (organização criminosa), lei nº 8.666/93 (fraude em licitações), Lei n. 9.613/98 (lavagem de dinheiro), além de corrupção ativa, passiva e falsidade documental.


(*G1)