O IHA estima o risco de adolescentes de 12 anos a 19 anos serem assassinados antes de completarem seu 19º aniversário
O IHA estima o risco de adolescentes de 12 anos a 19 anos serem assassinados antes de completarem seu 19º aniversário nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. Entre as capitais, o ranking é liderado por Fortaleza, com 9,92, seguida por Maceió (9,37), Salvador (8,32) e João Pessoa (6,49). A capital capixaba, Vitória, ocupa o 7° lugar, com 5,20.
Já entre os estados, o Espírito Santo aparece como o quarto estado onde há maior risco de assassinatos entre adolescentes (7,15) e o único da região Sudeste a apresentar IHA superior a 4. Os maiores valores foram encontrados nos estados de Alagoas (8,82), Bahia (8,59) e Ceará (7,74). Dos dez estados com maior IHA, seis estão localizados na região Nordeste.
Índice nos municípios
Além de analisar os estados e suas capitais, o índice também levantou dados dos municípios. Na primeira análise, foi apresentado um ranking com 20 municípios com mais de 200 mil habitantes. Em seguida, foi descrito o IHA de acordo com tamanho da população dos municípios.
O recorte feito pelo pesquisadores nesta quinta edição do IHA foi mais restritivo que nos anos anteriores, em que o limite mínimo era de 100 mil habitantes. Análises realizadas mostraram que o índice atinge maior estabilidade e confiabilidade apenas a partir de 200 mil habitantes.
Embora os municípios capixabas aparecem em destaque no ranking, o estado da Bahia é o que possui mais municípios na lista. Ao todo, são quatro. Liderando o ranking está Itabuna, com cerca de 17,11 adolescentes perdidos para cada grupo de 1.000.
Os municípios com maiores IHAs do Espírito Santo, Cariacica (10,47), Serra (9,95) e Vila Velha (8,22), estão localizados no entorno da capital. No conjunto dos 20 municípios de maiores índices apenas seis não pertencem às regiões metropolitanas de seus estados – Itabuna, Vitória da Conquista, Feira de Santana, Arapiraca, Foz do Iguaçu e Cascavel. Não há no ranking nenhum município pertencente aos estados do Rio de Janeiro ou de São Paulo.
Conclusão
Em suas conclusões, o estudo aponta um crescimento no número de homicídios de adolescentes de 12 a 18 anos de idade no Brasil e apresenta um ranking das cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes onde este índice se encontra mais elevado.
O levantamento foi preparado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Observatório de Favelas e Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-UERJ).