Universitária perde emprego e passa a vender chup-chup no sinal

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Para enfrentar a crise, Claudia consegue vender 50 sacolés todos os dias em semáforo na Serra

Bom humor, muita disposição e uma mistura de sabores para enfrentar a crise. Essa é a receita da estudante Claudia Santos de Aquino, de 35 anos, que, depois de perder o estágio e ter de trancar a faculdade de Direito, passou a vender chup-chup e bombons em um semáforo, na Serra.
Claudia explica que consegue faturar cerca de R$ 100 por dia com a venda de 50 sacolés e 20 bombons de frutas na Avenida Abdo Saad, em Jacaraípe, onde passa as tardes trabalhando.
“Consigo pagar comida, aluguel, água e luz com o dinheiro do chup-chup. E, depois que comecei a ralar aqui, recebi muitos convites para fazer recepção de eventos promocionais”, explica orgulhosa, acrescentando que também faz panfletagem, depilação, unhas e até faxina.

Foto: Fernando MadeiraClaudia Santos de Aquino, de 35 anos, vende chup-chup em Jacaraípe

Mãe de dois rapazes, de 18 e 16 anos, que vivem com os avós e com quem deseja realizar o sonho de conhecer a Disney, Claudia tem outros problemas a enfrentar além da crise: o preconceito e o assédio.
“Alguns homens já me fizeram propostas indecentes, outros me xingaram com nomes de baixo calão, mas ignoro. Quando estiver na minha cadeira de delegada, vou rir disso tudo e agradecer às pessoas que me ajudaram”, explica a estudante, garantindo que até 2017 terá o seu diploma.
E para manter a disposição, ela conta que faz atividades físicas na praia e cuida da alimentação.