Uma universitária, o namorado e o cunhado dela foram presos acusados de integrar uma quadrilha especializada em arrombamento de caixas eletrônicos. O que fica na sede da Prefeitura de Linhares, no centro, foi um dos alvos dela e de seus comparsas. O bando agia em parceria com outros quatro suspeitos, que são de fora do Estado, provocando um prejuízo que ultrapassa R$ 2 milhões, segundo informações da Polícia Civil. A quadrilha é apontada como autora de pelo menos 13 crimes semelhantes, desde 2012. A prisão da estudante de Direito Luara Viali Silva, 23 anos, do namorado dela, Anderlan Nichel Chagas Costa, 33, e do cunhado Andreivid Chagas Costa, 23, aconteceu na manhã desta terça-feira (27), em São Geraldo, Cariacica.
No Espírito Santo, quatro alvos do grupo foram caixas eletrônicos instalados dentro de prédios que sediam as prefeituras municipais, nas cidades de Anchieta, Linhares, Cariacica e Piúma. Nesses casos, os vigilantes dos locais eram rendidos por dois integrantes da quadrilha, armados com pistolas. “Os quatro indivíduos de fora do Estado ficam com cerca de 90% do ‘lucro’ do roubo. Todos possuem mandados de busca e apreensão por crimes anteriores, ou seja, são considerados foragidos. Para o restante do grupo, cabia cerca de R$ 20 mil por pessoa”, destacou o delegado Aéliston Azevedo.
As cifras levadas pelo bando desde 2012 já somam R$ 2 milhões. Na casa onde foram presos os três suspeitos, os policiais encontraram um verdadeiro arsenal para abrir a estrutura dos caixas eletrônicos. Foram recolhidos maçarico, gás de acetileno, pé de cabra, alicates e demais ferramentas para a prática dos crimes.
Flagrante
A universitária Luara, o namorado e o cunhado foram autuados em flagrante pelo crime de furto qualificado e associação para o crime. A estudante não foi apresentada à imprensa. Já os dois irmãos Andreivid e Anderlan não quiseram dar declarações a respeito da detenção. Os dois foram encaminhados para o Centro de Triagem de Viana, e a jovem para o presídio feminino.
Segundo informações da polícia, Luara Vialis Silva cursa o 7º período de Direito, em uma faculdade particular de Cariacica. Ela também integrava o quadro de funcionários da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), onde ocupava cargo comissionado, em função administrativa. A Sejus informou que Luara foi exonerada no dia 23 de abril.
Segundo a polícia, a jovem chamava a atenção dos comparsas a não conversarem ao telefone. “Ela usava o que aprendia no dia a dia do trabalho para orientar os demais. Além disso, todo o material para a prática dos crimes foram recolhidos na casa onde ela reside”, diz o delegado.
Os presos
Os presos
Os foragidos
*Com informações e fotos do Gazeta On Line
