Banda larga do Brasil é a segunda mais cara do mundo, de acordo com pesquisa

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2371.4277-Brasil-conectadoEntre 15 países pesquisados, o Brasil ocupou o segundo lugar do ranking com a maior média de preços cobrados pelos serviços de internet banda larga. Para chegar aos resultados, foram considerados o valor cobrado por 1 Mbps de conexão e a média de renda da população de cada país.

No topo da lista está a Argentina, onde os usuários precisam trabalhar cerca de 5,15 horas para pagar a conta da conexão de 1 Mbps. Em seguida, o Brasil aparece com uma média de 5,01 horas trabalhadas para pagar o mesmo serviço.

O estudo levou em conta que a média de preços de 1 Mbps de banda larga no Brasil custa US$ 25,06 (cerca de R$ 50) por mês, enquanto a renda média do brasileiro ficou na casa dos US$ 5 (R$ 10) por hora. África do Sul, Canadá, Chile, Coreia do Sul, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Japão, Noruega, Polônia, Portugal e Suécia também foram estudados.

A pesquisa foi realizada pelo Ph.D em Business e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Samy Dana, e pelo aluno de economia da UFV-MG, Victor Candido. Para concluir o estudo, eles se basearam no relatório The State of the Internet (da consultoria Akamai) e no Internet World Stats Broadband Penetration (do Internet World Stats), além de colher informações do Banco Mundial para calcular as rendas de cada país pesquisado.

“De um lado, existe um governo que tributa muito. Por outro lado, o setor tem poucas empresas, o que faz com que a concorrência seja pequena para a dimensão que o país tem. Um setor de pouca competição e com regulação ineficiente deixa o consumidor refém do preço. O resultado é um serviço ruim e caro, que acaba sendo um entrave para o desenvolvimento do país”, explica Samy.

O brasileiro paga 40% de impostos sobre serviços de banda larga, enquanto o Japão, o mais bem colocado da lista, cobra apenas 5%. No ano passado, o Brasil apresentou o maior crescimento em termos de acesso à banda larga fixa em todo o mundo. A taxa de crescimento foi de 17,96%, representada por um total de 19,5 milhões de acessos em todo o país em 2012.