Damas da Noite e travestis ameaçados por ‘Maníaco da Meia Noite’ em São Mateus

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O assassinato do travesti Pitty, que trabalhava em um salão de beleza e à noite frequentava o local, até hoje não foi elucidado.

A ameaça de acabar com os travestis e prostitutas que trabalham à noite na margem da BR 101 no perímetro urbano de São Mateus, trouxe uma preocupação: para onde vão recorrer para ganhar o sustento de casa. Alguns até trabalham durante o dia e à noite frequentam às margens da rodovia para aumentar o orçamento familiar.

Por: fanoticias

Mas a notícia que ganhou grande repercussão desde a noite desta terça-feira (17) nas redes sociais, já teve o primeiro reflexo. Foram poucos os que frequentaram o trecho entre as proximidades de uma concessionária de veículos e o Posto Esso, também conhecido como estacionamento do Maria Amélia, já na saída da cidade.

De acordo com a primeira notícia divulgada, o “Maníaco da Meia Noite” apareceu na noite de domingo último (15) e do interior de um carro preto cujo modelo não está sendo divulgado por questões de segurança, abordou duas “Damas da Noite” e dois travestis e deu o aviso: “da próxima vez não vai sobrar ninguém para contar história”.

As pessoas abordadas se encontravam à margem da rodovia aguardando clientes e o local era o mesmo que há pouco mais de um ano, em 27 de fevereiro do ano passado, o travestir conhecido por Pitty foi assassinado com dez tiros, em frente à antiga Nacional Peças. Até hoje o crime não foi esclarecido, o que provoca ainda mais medo aos frequentadores da noite naquele local.

Pitty foi morta em 2018

Pitty trabalhava em um salão de beleza localizado próximo ao Banestes no centro de São Mateus e à noite frequentava o local, a exemplo de outros travestis e prostitutas, fazendo programa para aumentar o orçamento mensal.

As ameaças do “Maníaco da Meia Noite” são de que, se encontrar prostitutas ou travestis depois da meia noite fazendo ponto ao longo da BR 101 em São Mateus “não vai sobrar ninguém”. Só não disse com firmeza e clareza o que pretende fazer.

As ameaças foram relatadas a reportagem por uma dessas mulheres que costuma frequentar o local, que pediu para não ser identificada por questões de segurança.

Lembrou que era amiga do travesti Pitty e que até hoje não se conforma com o crime.