Golpe do WhatsApp: mais de 60 vítimas por mês no ES

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Os golpes do WhatsApp, como o que a servidora pública, de 57 anos, foi vítima, não são novos, mas continuam a dar prejuízos para vítimas no Estado.

Os golpes do WhatsApp, como o que a servidora pública, de 57 anos, foi vítima, não são novos, mas continuam a dar prejuízos para vítimas no Estado. Somente nos sete primeiros meses deste ano, cerca de 420 pessoas foram vítimas do crime.
O número equivale a 60 golpes aplicados por mês, segundo dados da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).
O delegado Brenno Andrade, titular da delegacia, reforçou que o número de casos pode ser ainda maior, já que nem todas as vítimas registram as ocorrências. “Em todos os casos, a orientação é que as vítimas que tiveram os aplicativos clonados ou alguém se passando por ela façam o boletim de ocorrência. Ela pode ser feita pela internet sem sair de casa”.
As informações podem ser conferidas no site delegaciaonline.sesp.es.gov.br.

Ele explicou que os golpes do WhatsApp mais praticados hoje são dois.
Um deles é aquele em que os criminosos usam a foto da vítima, com um outro número de telefone, para entrar em contato com parentes e pedir dinheiro. O outro é a clonagem do aplicativo de mensagens, feita geralmente com o pedido de um código para reinstalar o aplicativo no aparelho que está nas mãos de criminosos.

Dessa forma, a vítima perde acesso ao seu WhatsApp e os criminosos pedem dinheiro aos amigos e parentes.

Pix
Na maioria dos casos em que o aplicativo é usado por criminosos para pedir dinheiro a parentes ou amigos, as transferências já são feitas por Pix

“O Pix é uma transação rápida e fácil, por isso tem sido usado de forma recorrente na aplicação de golpes mais diversos”. O delegado ressaltou, no entanto, que a ferramenta é segura. “O Pix é uma transação segura. Mas ela requer que as pessoas fiquem atentas na hora de fazer transferências para outras pessoas, principalmente após pedidos feitos por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens.”
Segundo o titular da delegacia, como muitas quadrilhas especializadas nesse tipo de golpes são de fora do Estado, é difícil para a vítima recuperar os valores transferidos de volta. Os criminosos geralmente realizam saques das contas rapidamente.

BANDIDOS INVESTIGAM ALVOS
Para obter informações básicas de suas vítimas, criminosos chegam a
fazer uma espécie de investigação da vida da pessoa antes de enviar
qualquer mensagem ou de acioná-la. Segundo a polícia, redes sociais e

COMO SE PROTEGER
Faça contato antes de transferir valores Atenção para transferências

– Não faça transferências para pessoas conhecidas sem antes confirmar por chamada telefônica, por vídeo ou pessoalmente.
Lembre-se que o WhatsApp do solicitante pode estar clonado.
– Se desconfiar da mensagem, não conclua a operação, principalmente em casos de amigos que estão em suposta dificuldade financeira.

Limites de Pix
– Pelos aplicativos bancários é possível colocar um limite para as
movimentações via Pix.- Desta forma criminosos terão um limite menor de movimentação e a vítima ganha tempo para o devido bloqueio junto ao banco.

Senhas de acesso
– Nunca utilize sua senha de acesso ao aplicativo do banco em outros aplicativos ou em cadastro de outros sites. Caso haja vazamento de senhas, o aplicativo bancário é o primeiro a ser acessado. Reconhecimento facial
– Evite utilizar reconhecimento facial como única alternativa de acesso em aplicativos bancários, pois existem vulnerabilidades do recurso com possibilidade de falsificações.

Links suspeitos
– Não clique em links recebidos por e-mail, mensagens de SMS,
WhatsApp, redes sociais que direcionam a cadastros de chaves Pix

LIMITE E SENHAS PARA SE PROTEGER